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O Futuro de Pipa: Condomínio nas Falésias Gera Discussões

Olá, querido leitor. Bem-vindo a mais um post! Hoje, vamos falar sobre um assunto que tem gerado controvérsia na bela praia de Pipa, localizada no litoral do Rio Grande do Norte.

Um novo empreendimento imobiliário, o maior já planejado para a região, tem causado alvoroço entre os moradores e comerciantes locais. O condomínio, denominado Pipa Island Resort, será composto por 246 apartamentos, divididos em 11 blocos, e está sendo desenvolvido pela empresa GAV Resorts.

A localização do condomínio é o que tem gerado mais discussões. Ele está sendo construído próximo ao chapadão, uma espécie de tabuleiro de terreno arenoso que forma um mirante natural em cima das falésias e de frente para o mar. Este local é um dos principais cartões-postais da vila.

A construção do condomínio foi autorizada pela prefeitura de Tibau do Sul, cidade que abriga o distrito de Pipa, e também obteve licença do Idema, órgão ambiental do governo estadual. A empresa afirma que o projeto está “em total observância” com o plano diretor e o código ambiental.

No entanto, a instalação de tapumes no terreno do tabuleiro costeiro mobilizou os moradores de Pipa, que realizaram um protesto e criaram uma petição contra o empreendimento, que já conta com mais de 4.500 assinaturas.

A comunidade local critica o que chama de “invasão predatória” do setor imobiliário e alerta para possíveis riscos do empreendimento. “Um condomínio deste porte é problema ambiental gigantesco. O chapadão é uma área extremamente sensível, não vejo como um projeto como este ser ambientalmente sustentável”, afirma Luna Bastos, uma das organizadoras do movimento ‘Todos pelo chapadão’.

Além disso, a região do chapadão de Pipa engloba uma Área de Proteção Permanente que inclui a faixa de 100 metros a partir da borda das falésias, conforme previsto na legislação do Código Florestal.

A praia de Pipa, com cerca de 3.000 habitantes, enfrenta uma série de gargalos de infraestrutura, sobretudo na cobertura de saneamento básico. Na alta temporada, há casos de falta de água e instabilidade no fornecimento de energia. O avanço de novos empreendimentos imobiliários, avaliam os moradores, tende a agravar este cenário.

Especialistas ouvidos pelo jornal “Folha de São Paulo” atestam que intervenções em áreas próximas a falésias podem contribuir com uma aceleração do processo de erosão no tabuleiro costeiro. E destacam a importância de estudos aprofundados para liberação de empreendimentos, mesmo que estes fiquem em terrenos fora da área de proteção.

Enquanto a controvérsia continua, a GAV Resorts contratou vendedores, que percorrem as praias e abordam turistas para vender cotas nos apartamentos do condomínio.

Em nota, a GAV Resorts informou que o empreendimento Pipa Island Resort será construído em área privada. “Os procedimentos de licenciamento e alvará tramitaram por cerca de três anos, mediante aprofundados estudos e adequações, e atenderam todas as exigências dos órgãos competentes”, disse a empresa.

Este é um assunto complexo e que merece nossa atenção. O desenvolvimento é importante, mas deve ser feito de maneira sustentável e respeitando o meio ambiente e a comunidade local. Continuaremos acompanhando a situação e trazendo atualizações para vocês.

Até o próximo post, queridos leitores!

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