Eu tinha uns 12 anos. Era um final de semana como qualquer outro. Seria, se não fosse por um convite dos amigos para fazer um passeio num córrego (ou rio). Fomos de bicicleta. Umas 2 horas ou mais de viagem. Quando chegou a hora do almoço, cada um dos amigos que foram no passeio perguntaram: “O que tem para comer? ” A resposta: “nada”. Ninguém levou nada para comer. Dinheiro? Não tinha. E se tivesse? Não tinha lugar para comprar nada. Era no meio do mato mesmo, literalmente.
Tinha uma fruta, uma tal de “cabeça de nêgo”. Eu tentei comer, mas não caiu muito bem no estômago. Era ruim mesmo. Eu nem vou postar foto aqui, porque ao pesquisar, o Google me mostra foto da fruta do conde. Pelo que me lembro, não foi essa fruta que tinha como lanche.
Enfim, não comemos nada. Quando vimos que não tinha o que comer, pegamos o rumo de casa.
Mas até chegar na cidade, foi um século. Conseguimos chegar em casa sem nenhum problema mais sério. Mas nesse dia eu soube o que é sentir fome e não ter nada para comer. Senti na pele a fraqueza, o estômago vazio e a vontade de fazer uma boa refeição.
Mesmo episódios isolados como esse nos ajudam a refletir na fome que assola a Terra e como podemos contribuir, não desperdiçando alimentos e ajudando a alimentar quem tem fome.
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