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Elis Regina na Estrada: A Controvérsia da IA na Publicidade

Em uma recente campanha publicitária, a Volkswagen trouxe à vida a falecida cantora Elis Regina e sua filha Maria Rita, criando um dueto emocionante que dividiu opiniões. A peça, que mostra Elis dirigindo uma Kombi e cantando “Como Nossos Pais”, de Belchior, foi criada com o auxílio da Inteligência Artificial (IA). A questão que se coloca é: é ético usar a imagem de uma pessoa que não está mais viva em um contexto fictício?

A viagem de carro é uma experiência única, repleta de momentos inesquecíveis e paisagens deslumbrantes. No entanto, a viagem que a Volkswagen propõe em sua campanha publicitária vai além do físico, levando-nos a uma jornada emocional e ética. A IA permitiu que Elis Regina voltasse à vida, dirigindo e cantando, em uma realidade que nunca existiu.

A tecnologia de deepfake, que foi usada para criar essa peça, é incrivelmente avançada e pode criar imagens e sons extremamente realistas. No entanto, a questão ética permanece: é correto usar a imagem e a voz de alguém que já faleceu para fins comerciais? E se essa pessoa fosse um ente querido seu?

Glauco Arbix, sociólogo e coordenador de impacto do Centro de Inteligência Artificial da Universidade de São Paulo (USP), afirma que o assunto é controverso. Ele destaca que há muitos riscos em usar IA de forma não transparente, informada ou consciente, especialmente quando há um deslocamento espacial ou atribuição de declarações inverídicas à pessoa retratada.

Em termos de viagem, a IA tem o potencial de transformar a maneira como viajamos. Imagine poder ter uma conversa com um guia turístico virtual que parece e soa como uma pessoa real, ou ser capaz de ver uma recriação realista de uma figura histórica em um museu. No entanto, é importante lembrar que, embora a tecnologia possa nos levar a lugares que nunca imaginamos, ela também pode nos levar a territórios éticos desconhecidos.

A campanha da Volkswagen, embora controversa, levanta questões importantes sobre o uso da IA e a ética envolvida. Como viajantes e consumidores de tecnologia, devemos estar cientes dessas questões e fazer perguntas difíceis. Afinal, a viagem não é apenas sobre o destino, mas também sobre a jornada – e essa jornada inclui navegar pelas complexidades éticas da tecnologia moderna.

Em conclusão, a IA tem o potencial de transformar não apenas a maneira como viajamos, mas também a maneira como interagimos com o mundo ao nosso redor. No entanto, é crucial que consideremos as implicações éticas dessa tecnologia e garantamos que ela seja usada de maneira responsável e consciente.

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